Eu gostaria de explicar para Nara, que anda angustiada no auge de seus treze anos com a falta de tempo, que não podemos fazer tudo o que queremos e, principalmente, na forma que queremos, tendo o dia um número de instantes pré-determinado. Pensei em dar exemplos pessoais, mas percebi que através deles não mostraria a dimensão dessa proposição. Ela poderia acabar pensando que possivelmente isso seria uma limitação somente minha, continuar acreditando que possui super poderes e ter, por fim, a ansiedade centuplicada. Como fazer com que a Nara entenda que há felicidade num lugar onde faltam tantas coisas importantes? E mais, como mostrar que essa é uma lei universal contra a qual qualquer luta será em vão?
Compartilho, hoje, uma tentativa:
Minha querida Nara,
Tudo o que não é verão é comedido
e o que não é outono não se renova
... se não for inverno pode ser levado a sério?
Como se sentem os fotógrafos
Quando não estamos na Primavera?
É isso. Espero que ela me entenda...
Eu temo, você teme, nos tememos que nada resolverá, a não ser a experiência. Entretanto como mãe, ou pai, nos resta tentar, tentar e tentar. Beijos e fique com meus votos de sucesso. Sempre.
ResponderExcluirValeu, Djabal.
ResponderExcluirA verdade é essa mesma. Ela não entendeu nada e segue morta de cansaço brigando com o diabo do tempo...
Vou tentar um desenho... =)
Élika, "tento" diminuir esta ansiedade, mostrando ao João Pedro as mudanças que ocorrem na natureza (no nosso caso, no cerrado), onde em cada estação é uma paisagem diferente e não adianta desejar ver o verde em julho. Ele não estará lá!
ResponderExcluircomo vc, nós "tentamos", e tbém não servimos de exemplos. E COMO DIZ O POETA: "É aos poucos que o escuro vai ficando claro". abraços
Helena Rusisca
Oi Helena,
ResponderExcluirEM breve nos encontraremos pessoalmente para trocar todas essas figurinhas!
Interessante. Vocês aí no cerrado e eu aqui nessa selva de pedras.
Dá-lhe internet! Vida longa a web!
Beijos e seguimos na luta!
Acho que já devo ter dito que não penso em ter filhos, mas uma questão que sempre me incomodou é justamente essa. Muitas vezes, não consegui fazer com que alunos, familiares e amigos absorvessem algo de valioso que pudesse acalmar suas angústias. É bem verdade que essa caminhada é pessoal e instransferível,e que me resta assistir a isso, mas com filhos, bate aquela aflição, pelo que ouço alguns pais relatarem...bjs mil
ResponderExcluirLuciana do Mazinho